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Vale inaugura primeira planta de ferro-níquel do Brasil


A Vale iniciou neste mês sua primeira operação de níquel no Brasil. Onça Puma, em Ourilândia do Norte, no Sudeste do Pará, é uma das maiores plantas de produção de ferro-níquel do mundo. O empreendimento, que abrange as cidades de Ourilândia do Norte, Tucumã e Parauapebas, tem capacidade de produção anual de 220 mil toneladas de ferro-níquel, que contêm 53 mil toneladas de níquel, produto extremamente valorizado na indústria siderúrgica.

Com a entrada em operação da planta brasileira, a Vale reforça sua posição de liderança como maior exportadora líquida do país. O investimento total estimado em Onça Puma é de aproximadamente US$ 2,84 bilhões. Durante a fase de implantaçãodo projeto, foram gerados oito mil postos de trabalho. Para a operação, mais 1.500 empregos foram criados.

“Onça Puma é um marco não só por ser a primeira planta de produção de níquel da Vale no Brasil, mas também é um exemplo de construção de um relacionamento sustentável com as comunidades dos municípios situados na área de abrangência do projeto”, afirma o diretor de Operações de Metais Básicos do Atlântico Sul, Ricardo Carvalho. A Vale é a segunda maior produtora mundial de níquel, com operações em Canadá, Indonésia e Nova Caledônia, e tem refinarias de níquel no Reino Unido, Japão, Taiwan e China.

O primeiro embarque de 1.078 toneladas de ferro-níquel com 385 toneladas de níquel contido ocorreu no último dia 11 de maio pelo Porto do Itaqui, em São Luís (MA). O produto foi transportado em 52 contêineres pela Estrada de Ferro Carajás (EFC). O destino final serão Ásia e Europa.

O Projeto Onça Puma foi adquirido pela Vale em novembro de 2005, visando aproveitar depósitos de níquel laterítico, um tipo de minério encontrado mais próximo à superfície em regiões quentes e úmidas. A planta de produção de níquel vai utilizar o minério oriundo de duas áreas nas Serras do Onça, que fica perto da planta industrial, e do Puma, a cerca de 16 quilômetros.

O empreendimento inclui uma subestação de energia para atender à unidade operacional. O excedente de produção de energia será cedido à concessionária de energia do Estado do Pará para melhorar e ampliar a oferta em Ourilândia do Norte, Tucumã, Xinguara e São Félix do Xingu, municípios vizinhos ao projeto.

O níquel é um metal resistente à oxidação e à corrosão, utilizado para formar ligas com diversas utilidades na indústria. Seu maior consumo é pelo setor de siderurgia, sendo 63% do metal usado para produzir aço inoxidável. Cerca de 95% da produção de Onça Puma será destinada ao mercado externo, visando atender a países como China, Japão, Alemanha, Finlândia, Itália e Estados Unidos, entre outros.

Logística-A entrada em operação de Onça Puma, um dos maiores complexos de mina e usina de ferro-níquel do mundo, demanda investimentos em logística. Por conta disso, o Porto do Itaqui, no Maranhão, vai voltar a ser um dos grandes movimentadores de contêineres entre os portos brasileiros. A movimentação do porto vai aumentar em mais de 10 mil contêineres por ano, em decorrência de um contrato firmado entre a Vale e a CMA CGM, terceiro maior armador do mundo.

A Vale também está adaptando parte de seus vagões na Estrada de Ferro Carajás (EFC) para atender à produção de Onça Puma. Como quase toda a produção de ferro-níquel será destinada à exportação, o transporte é feito em contêineres que facilitam a distribuição do produto, atendendo às necessidades logísticas deste mercado.

Cerca de 50 vagões da EFC foram adaptados para carregar até três contêineres cada um. O níquel será transportado de trem de Parauapebas (PA) até o Porto do Itaqui (MA), onde será embarcado em navios porta-contêineres. Esta operação representa uma nova opção logística para o Sudeste do Pará, permitindo o desenvolvimento da economia local.

Vale investe na formação de mão de obra no Sudeste do Pará – Ao executar seus projetos, a Vale busca ser um catalisador do desenvolvimento local. Desde o início do Projeto Onça Puma, em Ourilândia do Norte, no Sudeste do Pará, a empresa vem investindo na formação de mão de obra e contribuindo para o desenvolvimento dos municípios da região.

Implementado em 2006, o Programa de Desenvolvimento de Mão de Obra local já formou cerca de 600 profissionais em cursos voltados para a construção civil. Os cursos do Programa de Formação Profissional para as áreas de operação e manutenção começaram no ano seguinte. Mais de 200 pessoas foram capacitadas, entre operadores de equipamentos de mina, mecânicos e eletricistas de usina.

Além disso, Onça Puma está formando aprendizes. Hoje são 65 aprendizes em formação, sendo 52 operadores de metalurgia e 13 para a área de qualidade e amostragem de minérios. Outros 80 jovens iniciam nos próximos dias o treinamento teórico em operação de equipamentos de mina.

Mais do que formar profissionais, a Vale tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento das regiões onde está presente, deixando um legado de sustentabilidade. A partir de diagnósticos socioeconômicos, a Fundação Vale firma termos de cooperação com essas prefeituras. Foi o que aconteceu também na região onde está localizada a planta de Onça Puma.

As ações em parceria envolvem a execução de projetos que possibilitam aos municípios captar recursos do governo federal para a construção de moradias e buscar soluções para os déficits de infraestrutura. Por meio de um desses projetos, por exemplo, o município de Ourilândia do Norte captou R$ 23 milhões para a implantação do abastecimento de água na malha urbana. Na mesma cidade, uma parceria entre a Fundação Vale e a Prefeitura está viabilizando a construção de um hospital e de uma escola para 2.400 alunos.

A Fundação Vale também possui programas de apoio à gestão pública, que têm como objetivo contribuir com as prefeituras para que elas administrem melhor seus recursos financeiros, fortalecendo principalmente os sistemas de saúde e educação. Outra importante forma de atuação são as Estações Conhecimento, núcleos de desenvolvimento humano e econômico reunindo, num mesmo lugar, atividades esportivas, culturais e qualificação profissional, especialmente para jovens e adolescentes.

A primeira unidade da Estação Conhecimento foi inaugurada em outubro de 2008, em Tucumã, região de abrangência do empreendimento. Sua gestão é compartilhada entre a Fundação Vale, Prefeitura e a sociedade civil organizada. A Estação Conhecimento de Tucumã beneficia 740 jovens com atividades esportivas, muitos dos quais estão se destacando em competições de atletismo, conquistando dezenas de medalhas. Mais de 370 alunos já se formaram em cursos de qualificação profissional, como nas áreas de construção civil e hotelaria, que são necessidades da região. Artesãs que fizeram um curso de produção de biojoias com sementes até formaram uma cooperativa, que funciona na unidade.

Ourilândia do Norte abrigará a segunda unidade da Estação Conhecimento, que terá um perfil mais rural, voltada para qualificação de produtores agrícolas e apoio ao escoamento da produção.

Outra frente de trabalho é a capacitação de fornecedores locais. Com apoio do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores, uma parceria do Governo do Pará com a Federação das Indústrias (FIEPA), e do Programa Inove, coordenado pela Vale, a empresa estimula os fornecedores da região a se aperfeiçoarem cada vez mais e buscarem alternativas competitivas para atender às futuras demandas por produtos e serviços.

Fonte: Portal Fator