Home > Notícias > Vale busca sócio para operação de logística

Vale busca sócio para operação de logística


O presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse ontem em Nova York que a empresa busca sócios para algumas de suas operações no Brasil, como na área de logística. Segundo o executivo, esse parceiro entra com capital e pode ter participação majoritária no negócio.

Ele afirmou, porém, que a empresa não venderá integralmente ativos de logística. A ideia é encontrar parceiros para operações, que podem ter o controle ou participação minoritária, dependendo do caso, disse após fazer palestras a investidores e analistas americanos em evento promovido em Wall Street pelo Bradesco BBI. Segundo noticiou a agência Bloomberg, a Vale teria contratado o Banco BTG Pactual e a Merrill Lynch, do Bank of America, para vender uma participação em sua unidade de logística por cerca de US$ 1 bilhão.

Dentro do programa de desinvestimento, a empresa quer se desfazer de algumas operações não apenas no Brasil, mas também em outros países, e se concentrar naquilo que realmente sabe fazer e tem diferenciais, principalmente o minério de ferro. O presidente da empresa destaca que a Vale, dentro dessa estratégia, já vendeu ativos em países como Colômbia e Noruega.

Neste ano, os desinvestimentos da Vale englobaram ativos de carvão térmico, na Colômbia, e de caulim, nos Estados Unidos. Além da venda desses dois ativos, a Vale também se desfez de ativos de ferro-ligas de manganês na Europa e de navios. Em teleconferência para comentar os resultados do terceiro trimestre do ano, a empresa citou que está reavaliando todos os seus ativos de metais básicos.

Royalties. Ferreira disse ainda que o pagamento da cobrança da Compensação Financeira sobre a Exploração Mineral (CFEM), os royalties da mineração, ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) não vai exceder a provisão de R$ 1,4 bilhão já feita pela mineradora. O executivo disse, ainda, que o acordo com o órgão deverá ser anunciado já nas próximas semanas.

Além disso,Ferreira informou que a Vale vai aguardar uma decisão do governo da Guiné em relação às regras que devem ser utilizadas para regular o setor de mineração no País. Apenas depois disso a companhia vai decidir sobre o futuro de seu projeto de minério de ferro em Simandou, que enfrenta algumas polêmicas no país africano.

Fonte: Estadão