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Práticas de Compras nas Empresas
As mais importantes
Avaliar o desempenho dos fornecedores é a principal: trata-se de informações para a tomada de decisão interna de seleção e gestão da base de fornecedores.
Comunicar de maneira eficaz as especificações: especificações transmitidas de maneira inadequada impactam negativamente o desempenho do fornecedor, uma vez que aumenta seu tempo de ciclo, gera erros, retrabalhos, devoluções ou entregas incompletas.
Classificar os fornecedores segundo o risco de suprimento é um entendimento de que as práticas de supply chain management estão sendo disseminadas no caso brasileiro, geralmente provocando a redução da base de fornecedores. Ações de mapeamento do risco dos fornecedores passam a fazer parte da agenda principal dos gestores de compras.
Recomendar ações corretivas para aprimoramento do desempenho dos fornecedores é um dos desdobramentos possíveis a partir da medição e avaliação do desempenho deles. Essa prática está no arcabouço do que chamamos gestão do desempenho da base de fornecedores, que envolve um conjunto de ações orientadas para o aprimoramento do desempenho dos fornecedores.
Adotar gerenciamento por categoria nas aquisições é um indicativo da crescente especialização da equipe de compras por categoria de aquisição, uma vez que a complexidade das atividades de gestão de compras é cada vez maior.
Investir em relacionamentos de longo prazo com fornecedores estratégicos é mais um indicativo da disseminação de práticas de supply chain management, uma vez que busca estabilidade nas relações, através de iniciativas a partir da área de suprimentos.
As menos importantes
Compartilhar riscos e ganhos, estabelecer recompensas por alcance de metas de desempenho e auxiliar fornecedores em seu desenvolvimento foram consideradas menos importantes. Esse é um forte indicativo das dificuldades de se mover em direção a modelos colaborativos mais avançados de gestão de cadeias de suprimentos, com compartilhamento de ganhos e perdas e desenvolvimento de fornecedores.
Manter uma base enxuta de fornecedores, com um ou dois fornecedores ativos por item de alto volume, não é prática considerada importante. Aparentemente, o risco de suprimento associado à redução do número de fornecedores estratégicos ainda limita o avanço de tais procedimentos no caso brasileiro.
Elaborar um planejamento estratégico formal para a área de compras depende de elaboração da visão e missão da área, algo considerado menos relevante para os gestores.
Criar equipes multifuncionais para a gestão de compras não é relativamente importante para os gestores de compras.
Compartilhar informações sobre planos de produção ou demanda com fornecedores estratégicos não é uma prática relativamente importante para os gestores de compras.
Por: Paulo Tarso Vilela de Resende, Osmar Vieira de Souza Filho e Paulo Renato de Sousa
Fonte: Harvard Bussiness Review