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Portos brasileiros necessitam de R$ 2,5 bilhões


O Pernambuco Pretoleum Business dedicou boa parte da sua agenda no segundo dia à questão logística. Diversos estudos técnicos apresentados durante o evento, que acontece em Olinda-PE, deixaram claro que, junto com uma possibilidade de o Brasil se consolidar como um dos maiores produtores de óleo e gás do mundo, a partir do pré-sal, a demanda por recursos em infraestrutura será na mesma proporção. Só com portos, a estimativa é de investimentos da ordem de R$ 2,5 bilhões, segundo dados do Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS).

Os números foram apresentados pelo gerente sênior do instituto, Marcos D’Elia. “Desse montante, R$ 350 milhões seriam para piers; outros R$ 974 milhões aplicados em tancagem; e R$ 1,13 bilhão em modais terrestres”, contabilizou, durante o painel “A Logística como Fator de Competitividade”.

Já Silvio Leimig, presidente do Fórum Suape Global, falou sobre iniciativa lançada em dezembro de 2008 e que se propõe  a transformar Pernambuco num grande polo provedor de bens e serviços para indústria de petróleo, gás, offshore e naval. Nesse sentido, já estão instalados ou em fase de conclusão, no estado, os seguintes projetos: Refinaria Abreu e Lima, os estaleiros Atlântico Sul e Promar, além da Fiber Glass (especializada em  tubos e conexões para exploração de P&G).

Leimig afirmou que o Porto de Suape deve ver sua área alfandegária quase que duplicar de tamanho ao longo dos próximos dois anos. “Nosso desafio será vencer  as burocracias da Lei dos Portos, que ainda nos impedem de licitar o segundo terminal de contêineres de Suape”, observou.

Dois outros palestrantes se ocuparam mais com a questão operacional da logística: Choon Lay, CEO da Global Airfreight International; e Valter Tadeu Costa de Azevedo, gerente de Compras Locais, Inspeção e Logística da Área de Materiais da Petrobras. Lay elencou uma série de princípios fundamentais para assegurar o êxito de operações logísticas complexas como as que sua companhia lida diariamente. “Temos que antever possíveis problemas para agregar valor e reduzir custos para os nossos clientes”, reforçou.

O executivo da Petrobras, por sua vez, focou na alta complexidade para implementação de projetos nos mais diferentes pontos do Brasil. Mostrou cases de transporte de estruturas gigantescas, que muitas vezes envolvem vários modais (marítimo e terrestre, por exemplo). Todo esse esforço, tendo como princípio a busca constante pela competitividade e otimização de recursos financeiros. “Nosso papel é viabilizar os projetos, por mais complexos que eles sejam”, disse. [www.ibp.org.br/pernambuco].

Fonte: http://www.revistafatorbrasil.com.br/ver_noticia.php?not=250117