Endereço: Av. Rio Branco, 1 / 1201 - Centro – Rio de Janeiro – RJ – cep: 20.090-907
Telefone: +55 21 2143-5759
De acordo com uma recente pesquisa realizada pela Intermec, empresa especializada no desenvolvimento de soluções de captura de dados e informações, as companhias de transporte e logística acreditam que munir a força de trabalho com novas tecnologias poderia reduzir em 30% o tempo de processos de coleta e em 29% o tempo de entrega, impulsionando os níveis de eficiência operacional e atendendo melhor às demandas dos clientes.
Estas foram as principais constatações da pesquisa que ouviu empresas no Reino Unido, França, Alemanha, Estados Unidos e Nova Zelândia, em abril deste ano. O estudo aponta que 38% das organizações dos Estados Unidos veem a eficiência operacional como a área de maior importância estratégica para os negócios. Apesar do estudo não ter sido realizado no Brasil, o Gerente de Negócios para Canais da Intermec Brasil, Reinaldo Andrade, considera que as demandas por tecnologias de identificação automática e captura de dados (AIDC) pelas empresas de logística e transporte são similares às do exterior.
Pelo estudo, 77% das organizações disseram que seus clientes agora exigem que os serviços sejam entregues no mesmo dia e 92% das companhias afirmam que atender estas expectativas exige ajustes que representam desafios significativos para seus negócios.
Muitos indicam que o atendimento à demanda dos clientes pode melhorar pela automatização de processos-chave nas áreas de coleta e na operação de entrega e pela adoção de novas tecnologias, como GPS e dispositivos móveis com acesso à banda larga, para os motoristas e entregadores. As empresas preveem que pela adoção destas tecnologias, o tempo gasto com coleta e entrega pode ser reduzida em 3’08” e 2’41” respectivamente, provendo um impulso na eficiência do trabalhador móvel.
“Investir no tempo para rever os processos atuais pode ser visto como uma tarefa difícil, mas os benefícios mostram que vale a pena”, avalia o diretor de Marketing da Intermec para a Indústria de Transporte e Logística, Jeff Sibio.
Automatizar para Inovar
– Os entrevistados acreditam que a comunicação móvel por banda larga (60%), telemática integrada aos veículos (44%) e RFID (38%) são as tecnologias que oferecem retorno sobre o investimento mais promissor para a organização;
– Os ganhos de eficiência pelas novas tecnologias poderiam estender-se às áreas de back office;
– Ao fornecer atualizações de embarque proativas, um processo ativado por serviços baseados em localização e tecnologias móveis, estas companhias acreditam que podem eliminar imediatamente 24% das chamadas;
– Isso equivale a 1.602 chamadas por dia de trabalho, economia de tempo que poderia ser usada para melhor atender uma ampla gama de clientes.
Necessidade de reengenharia
– 44% das empresas sentem que o processo de reengenharia é o meio mais eficaz de melhorar os níveis de eficiência operacional;
– Gestores de transporte e logística, de um modo geral, sentem que um esforço de reengenharia de processos pode melhorar os níveis de eficiência em mais de 13%;
– Apesar disso, mais de um terço (39%) não conseguiram completar um esforço de reengenharia de processos no ano passado;
– Destes, aproximadamente 72% não avaliaram os processos existentes para, pelo menos, dois anos.
“As expectativas dos clientes na indústria estão crescendo a cada dia, por isso colocam pressão sobre os trabalhadores em campo para que cumpram prazos apertados. Esta pesquisa mostra que o uso da tecnologia não reduz apenas o tempo de chamadas e de coleta dos trabalhadores, mas também dá aos clientes a oportunidade de reduzirem suas chamadas referentes aos serviços”, complementa Sibio.
Cenário brasileiro
De acordo com Reinaldo Andrade, a força de trabalho no mercado nacional tem a mesma capacitação e habilidade dos gestores entrevistados pela pesquisa no exterior. O ponto a se ressaltar neste caso é o treinamento.
Um dos problemas aparentes no Brasil e que não foi apresentado pela pesquisa é referente à cobertura da banda larga que é irregularmente distribuída nas cidades e áreas metropolitanas brasileiras, o que pode deixar a operação de entrega sem visibilidade em tempo real, em alguns locais.
A questão “entrega” é mais relevante no Brasil por questões como distância e condições de estradas. Porém, com o uso da tecnologia, na medida em que se coleta dados dos processos de entrega e das intercorrências, pode-se desenvolver modelos/algoritmos inteligentes que identificam padrões de cenários e orientam opções de rotas ou modais mais ágeis. Esta otimização no sistema de roteirização que roda em back office propicia um diferencial competitivo ao provedor de serviços de entrega.
A pesquisa ouviu 375 gerentes de transporte e logística de companhias com mais de 500 funcionários no Reino Unido, França, Alemanha, Estados Unidos e Nova Zelândia, em abril deste ano. A pesquisa foi encomendada pela Intermec e realizada pela companhia de pesquisa Vanson Bourne, em abril de 2013.