Home > Notícias > Não se pode administrar o que não se pode medir

Não se pode administrar o que não se pode medir


Diante da crescente complexidade presente nas cadeias de suprimentos globais, um número maior de empresas começa a se dar conta de que a gestão da cadeia de suprimentos é um elemento vital, e não mais simplesmente o domínio do gerente de depósito de vendas ou do diretor de logísticas. Mas mesmo no momento em que as companhias adotam estratégias SCM num esforço para seguir em frente, os especialistas da Wharton e da Boston Consulting Group (BCG) relatam que muitas companhias ainda estão atrasadas no que se refere a medir o bom andamento de suas operações, e em contrabalançar os compromissos que têm de
assumir para manter os níveis de serviços elevados e os custos baixos.

“As principais tendências de negócios no momento – a identificação de fontes de suprimento nacionais e internacionais, a
terceirização, a customização, a globalização e outras – criam grandes complexidades numa cadeia de suprimentos”, diz Steve Matthesen, vice-presidente e líder global de cadeia de suprimentos da BCG. “Na maior parte dos casos, contudo, as companhias não mudaram a gestão da parte mais crucial do negócio”.

Segundo Matthesen, isso se deve muito aos executivos sem experiência nas operações das cadeias de suprimentos cuja função eles tendem a ver como “uma caixa preta” que não entendem ou têm delas uma visão limitada. “Os CEO sentem que as cadeias de suprimentos têm custos elevados e não funcionam muito bem. Eles são rápidos em perguntar, ‘Qual é a dificuldade de levar os produtos para o lugar certo e no momento certo? ’ Bem, pode ser muito difícil”, ele diz, citando três importantes fatores que elevaram bastante o estresse nas cadeias de suprimentos:

– A fragmentação das necessidades dos consumidores que resultou numa seleção mais ampla das unidades mantidas em estoque (SKU, na sigla em inglês) direcionadas para segmentos específicos de consumidores, pontos de preço diferentes, ciclos de vida de produtos mais curtos, e padrões de demanda mais previsíveis;

– Pressões de custo cada vez maiores baseadas na competição global e nas exigências de redução do capital de giro por parte dos acionistas;

– Um novo nível de complexidade ocasionado pelos modelos de distribuição mais complicados, crescimento da terceirização, e “novas tecnologias que prometem eficiência, mas podem ampliar a complexidade”.

Fonte: Exame.com