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Fonte: Webtranspo
Conter o desperdício e a ineficiência no ambiente de trabalho. Esta é a base da logística enxuta, uma extensão do conceito criado pela montadora Toyota há quatro décadas, denominado Lean Manufacturing (produção enxuta).
A base é o método Kaizen, que se traduz em mudança de mentalidade. Há também o Just in time, Kanban e Poka-Yoke, técnicas criadas pelo engenheiro mecânico Taiichi Ohno, que bem aplicadas atualmente trazem bons resultados nas operações.
Grandes players da economia nacional já descobriram a sua eficácia e estão reduzindo custos em toda cadeia logística. Porém, o conceito ainda carece ser entendido a fundo para que mais grupos empresariais o adotem internamente.
De acordo com Aldo Albieri, especialista em logística, tal metodologia não se resume a grupos de grande porte (Mercedes-Benz, Nestlé, Bosch, Embraer), podendo ser aplicado também no ambiente de empresas menores.
“A relação cliente e fornecedor forma uma cadeia e cada empresa precisa analisar e descobrir como eliminar o desperdício ao longo dela, e em meio a esse processo encontram-se pequenas, médias e grandes empresas”, declara Albieri.
Falta conhecer
O especialista afirma que o conceito ainda não é muito difundido no País, porque a maioria dos empresários não se interessa em conhecer o método do lean manufacturing.
Segundo ele, 90% dos donos de empresas não sabem do que se trata. “O que falta ao empresário é o interesse em conhecer a filosofia para iniciar a implantação”, revela.
Albieri afirma que somente assim, se descobrirá a eficiência da logística enxuta, que pode ser aplicada com baixos custos, pois não envolve investimentos em tecnologia nem equipamentos. Apenas muda-se a maneira de trabalhar modificando o cenário com melhorias contínuas.
“A logística enxuta prega a melhoria contínua em pequenos degraus sem alterações em tecnologia e equipamentos. São pequenas mudanças que envolvem curtos prazos, incentivando os grupos de pessoas que estão envolvidas naquele local de trabalho a mudar o cenário atual”, prossegue.
Quebra de paradigma
O principal impasse para a aplicação da logística enxuta é a quebra de paradigma. Tanto de diretores quanto de funcionários. “As coisas foram feitas de uma certa maneira até hoje e serviram em um outro contexto. Tudo o que foi realizado na cadeia logística não vai ser desvalorizado, isso precisa ser passado para o funcionário, com a melhoria não há corte no efetivo da mão-de-obra”, salienta Albieri.
Por outro lado, o diretor precisa estar aberto a mudanças. Na aplicação do conceito as alterações acontecem de cima para baixo. “O gestor precisa comprar a ideia e formar um grupo que estará disseminando até os níveis mais baixos do quadro de funcionários, os quais colocarão em prática o projeto”.