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A instalação de centros de armazenagem e distribuição em condomínios logísticos é tendência no mercado imobiliário mundial. Com instalações modernas, nos arredores de importantes mercados consumidores e próximos a rodovias, portos e aeroportos, esse tipo de empreendimento tem se tornado uma alternativa para reduzir os custos logísticos das empresas.
Ao utilizar esses espaços, os ocupantes dividem despesas relativas à segurança e outros serviços, além de não precisarem investir seu capital na aquisição e manutenção de terrenos e imóveis próprios.
Apesar das vantagens que apresentam, o número de condomínios logísticos no Brasil ainda é pequeno se comparado ao de outros países.
Segundo estimativas da Colliers International, o Brasil terminou o ano de 2011 com 6,2 milhões de metros quadrados em condomínios industriais de alto padrão.
O número mostra um avanço de 14% em relação ao ano anterior, mas ainda deixa o país atrás de outros da América Latina.
Só o México possui 6,4 milhões de m² de armazéns de alto padrão, e o Chile, com território equivalente a menos de um décimo da extensão territorial brasileira, conta com 16,6 milhões de m² em parques industriais.
“Isso mostra o grande potencial de investimentos no setor de infraestrutura logística brasileiro”, explica Rodrigo Demeterco, presidente da Capital Realty, especializada em terceirização imobiliária e implantação de condomínios logísticos.
Para o executivo, um dos motivos para a pouca oferta de condomínios industriais e logísticos no país é a escassez de fontes de financiamento adequadas para novos empreendimentos.
Os bancos de desenvolvimento oferecem as melhores condições de crédito para o setor, mas a quantidade de recursos é reduzida.
Entre outubro de 2010 e setembro de 2011, dos cerca de R$ 10 bilhões em recursos diretos que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinou ao setor industrial, aproximadamente R$ 41 milhões foram para projetos de condomínios industriais.
Nos bancos privados, por sua vez, as condições de crédito são menos competitivas, o que inviabiliza novos empreendimentos financiados por essas instituições.
Em relação aos prazos de financiamento, Demeterco ressalta que um dos problemas é o fato de o empreendedor ter que começar a pagar o empréstimo antes mesmo de o imóvel ser concluído.
“Nos Estados Unidos, por exemplo, é possível pagar as primeiras parcelas quando o condomínio está em operação e gerando receita, o que é um estímulo a mais para o empreendedor”, destaca.
Na opinião do empresário, a criação de linhas exclusivas para financiar condomínios logísticos levaria a um maior desenvolvimento do setor.
“Hoje não há linhas específicas para esse mercado – aos moldes do que existe para outras áreas estratégicas, como construção civil e inovação”, explica.
“O resultado disso é que os financiamentos se tornam incompatíveis com o perfil do investimento, que necessita de prazos longos e juros menores para ser viável”, conclui.
Fonte: Porto Gente