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O mercado de condomínios industriais e logísticos vem crescendo nos últimos anos com a intensificação de novos negócios e a ampliação dos segmentos de várias empresas. Esse cenário econômico produz uma necessidade de ocupação de novas áreas pelo setor de produção e armazenagem, que descobre nos condomínios logísticos e industriais uma série de vantagens. Dentre os benefícios desse tipo de empreendimento estão os custos reduzidos, uma vez que as despesas – como portaria, segurança, manutenção e limpeza da área comum – são compartilhadas entre os vários ocupantes da área. Segundo o estudo realizado pela Herzog Imóveis Industriais e Comerciais, a previsão é que a entrega de novos empreendimentos neste ano seja maior, em relação a 2010. A estimativa é que até o final de 2011, sejam entregues 830 mil  metros quadrados.

Do montante previsto para ser entregue até o final deste ano, cerca de 230 mil metros quadrados já foi entregue no primeiro semestre. Esse cronograma pode sofrer alterações de acordo com o andamento da implantação e construção dos condomínios industriais e logísticos. O número de áreas entregues em 2010 somou 554 mil metros quadrados com cerca de 40% desse valor construído no interior do Estado de São Paulo. Esses dados apontam para um crescimento de 47,2% para 2011 na comparação com o ano passado. Até junho, a taxa de vacância total em São Paulo foi de 8,35% com valor médio de locação de R$ 21,80 por metro quadrado.

O estoque total desse tipo de empreendimento no Estado beira 2,9 milhões de metros quadrados, que estão distribuídos entre capital, Grande São Paulo e cidades do interior com distância de até 150 quilômetros. De acordo com a  diretora de Serviços Corporativos da Herzog, a área mais expressiva desse montante localiza-se na região Oeste do Estado de São Paulo. “Isso se deve à qualidade das rodovias Anhanguera, Castelo Branco e Bandeirantes e dos investimentos em infraestrutura realizados nesses locais”. Mas, com a consequente valorização dos terrenos nesse eixo – a média de locação nessa área varia de R$17 a R$19 contra R$13 a R$15 em outras regiões – os investidores passam a apostar em outros locais.

Outros fatores para o surgimento desse novo cenário são o alto custo gasto pelas empresas com transporte e logística, somado ao objetivo de ficarem cada vez mais próximas de seus públicos consumidores. O resultado disso é o surgimento de uma tendência cada vez maior de descentralização por parte das logísticas das organizações. Segundo a executiva, outros segmentos devem passar pela mesma mudança. “Além da logística, outras atividades industriais, eletroeletrônicas e tecnológicas, que precisam de mão de obra qualificada, deverão se instalar em regiões próximas a universidades e escolas técnicas”, afirma.

Do novo estoque previsto para esse segundo semestre, 90% dos condomínios industriais e logísticos estão localizados no interior de São Paulo e cerca de 140 mil já foram pré-locados. Segundo o levantamento da Herzog, há uma previsão de 1,2 milhão de metros quadrados novos para 2012. “O mais interessante é que esses novos empreendimentos estarão localizados fora do eixo Oeste de São Paulo, ocupando rodovias como Regis Bittencourt, Raposo Tavares, Fernão Dias, Presidente Dutra, Imigrantes e Castelo Branco (interior)”, explica Simone Santos. O maior volume de estoque está previsto para ser entregue nos último três meses do ano.
     
Com a entrada dos novos condomínios industriais e logísticos previstos para 2011, outros 550 mil metros quadrados para o segundo semestre, o mercado deve começar a ter um equilíbrio entre oferta e procura. “Não entendemos que isso trará redução nos valores de locações atualmente praticados, mas deverá estabilizar os preços nos mesmos patamares”, sinaliza Simone Santos. Segundo a executiva, o mercado não sofrerá os mesmos índices de valorização registrados nos últimos semestres.   

Fonte: Logweb