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Com alta demanda, setor logístico requer polivalência na mão-de-obra


Fonte: Webtranspo

Um mercado em crescimento e que precisa de profissionais altamente capacitados: este é o perfil do setor logístico brasileiro. Responsável pela movimentação de boa parte da produção nacional, seja por céu, terra ou água, esta área deve receber um impulso ainda maior com o advento do pré-sal e da realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 no Brasil, além dos projetos de infraestrutura que há alguns anos estão em execução no País.
No entanto, embora a oferta de vaga tenha uma tendência de crescimento, é preciso estar alerta para suprir todas as características que as empresas buscam nos profissionais desta área. Diogo Teixeira, Coordenador da área de logística e comércio exterior do Senac, explica que a instituição tem “percebido que há uma busca por profissionais polivalentes, que enxerguem o mercado de logística e comércio exterior como um todo e não apenas suas atividades”.
Carlos Montagner, Diretor técnico da Aslog (Associação Brasileira de Logística), possui uma opinião semelhante. “Os profissionais desta área precisam possuir uma excelente capacidade de organização, pois precisará gerir muitos fluxos; ser flexível, em função da demanda; e possuir uma visão abrangente do mercado”, argumenta.
E prossegue: “em São Paulo, por exemplo, este profissional, além de verificar como chegar a um determinado destino ele precisa estar atento à meteorologia, pois a chuva pode mudar todo o percurso, e, principalmente, às leis vigentes na cidade, como no caso da restrição aos caminhões em determinados pontos”.
Perfil
Questionado sobre o perfil dos profissionais que atuam na área atualmente, Montagner explica que o setor está vivenciando uma etapa de transição. “A logística como área de atuação é bastante antiga, mas como disciplina em universidades é recente. Hoje, há muitos profissionais indo buscar mais conhecimento no mundo acadêmico, mas está havendo uma fusão, pois os jovens têm conquistado espaço também”, pondera.
Teixeira afirma que nos cursos oferecidos pelo Senac há os dois tipos de profissionais. “Nos cursos de menor duração há uma demanda maior por profissionais buscando atualização. Já os mais extensos, como as graduações, o perfil passa a ser de estudantes almejando uma vaga neste mercado”, explica.
E por falar em mercado, uma pesquisa realiza pela Ricardo Xavier Recursos Humanos apontou que em dezembro, a área de comércio exterior ficou em 10º lugar na geração de empregos. No entanto, o mesmo levantamento aponta que haverá uma procura por profissionais para atuar nas obras de infraestrutura.
Montagner também aposta neste setor como grande provedor de oportunidades. “Há uma carência neste mercado atualmente, por isso, o cenário é bastante positivo para quem busca uma vaga neste setor”, conclui.