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Out 2016 – A Tomada de decisão – Confiar no instinto ou adotar uma metodologia consolidada?


Você (provavelmente) já tomou várias decisões, como: entrar numa livraria para decidir o que comprar; procurar na seção de livros de negócios; pegar um livro sobre a tomada de decisões e, eventualmente, decidir comprá-lo!

A maioria destas decisões foi tomada inconscientemente, a menos que você tenha saído de casa ou do trabalho, conscientemente, com o objetivo de comprar um livro sobre tomada de decisões.

A maioria das decisões que tomamos é subconsciente, feita sem uma análise profunda e muitas vezes no ‘piloto automático’ – mas, ela é sempre afetada por uma ampla gama de fatores, dependendo da situação. Em uma manhã típica, vamos tomar decisões sobre que roupa vestir, o que será o desjejum, como chegar no trabalho, etc.

No trabalho, tomamos outro conjunto de decisões – algumas relacionadas com o trabalho, outras de foro pessoal. Certamente, decisões relacionadas com o trabalho são tomadas no prazo de uma forma estereotipada e definida, formal ou informal, que nos permite influenciar o resultado de alguma forma.

A verdadeira questão que prevalece é: Como podemos fazer melhor?

Este é o tema que continuaremos este mês: A TOMADA DE DECISÃO  – COM INSTINTO OU TECNOLOGIA?

  1. A árvore de tomada de decisão

Uma árvore de tomada decisão pode ser usada mapear a cadeia de decisões. Considere, por exemplo, a questão de saber se ao sairmos de casa, devemos vestir o agasalho ou não. O mapa com resultados ficaria assim:

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A figura acima pode ser modelada usando probabilidades, mas existem regras: cada opção deve ser linear, as possibilidades devem ser mutuamente exclusivos (ou chove ou não) e todas as opções devem ser representados. Imagine este outro exemplo, onde uma empresa precisa investir no desenvolvimento de um novo produto, dependente de obter uma patente.

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As probabilidades dos vários resultados podem ser calculadas através da multiplicação ao longo das possibilidades:

Alta probabilidade de vendas: 0,7 x 0,3 = 0,21

Média probabilidade de vendas: 0,7 x 0,5 = 0,35

Baixa probabilidade de vendas: 0,7 x 0,2 = 0,14

Quando traduzido as receitas e comparadas com os custos de pesquisa e desenvolvimento, uma decisão pode ser tomada sobre se a investir ou não..

  1. Mariz de Gestão de Projetos: A gestão de carteiras de pedidos, ao longo dos anos, tornou-se uma prioridade para muitas empresas permitindo-lhes melhorar significativamente a sua prática de gerenciamento de projetos. Para ser bem sucedida a empresa deve gerenciar adequadamente seus projetos. Um dos principais objetivos dessa gestão é: escolher os projetos certos.

A matriz de gestão de projetos é uma ferramenta para a alocação de recursos eficazes, que demanda a seleção de projetos com maior potencial para se tornarem futuros produtos e serviços novos com alta probabilidade de excelência. A acurácia na implantação da matriz de gestão de projetos pode ser integrada às boas práticas de gestão da inovação.

Na verdade, Prifling[1] (2010) afirma que o desafio para as organizações está em gerir uma gama diversificada de projetos potencialmente, assegurando que os projetos certos são selecionados.

Markowitz foi o primeiro a introduzir o conceito de portfólio no setor financeiro em 1952. Sua teoria chamada Teoria de Portfólio Moderno sugeriu que investidores racionais devem usar a diversificação para maximizar suas carteiras: a carteira, neste caso, é um conjunto de ativos financeiros e participações.

Em 1981, McFarlan importou a abordagem de gestão de carteira do setor financeiro para o campo da tecnologia da informação (TI). Ele sugeriu que os projetos, ao invés de bens ou investimentos, são os componentes da carteira e que a gestão comum dos projetos – inicialmente independentes – pode ter vantagens na realização dos objetivos de negócio da empresa, bem como a redução do nível geral de risco. Young (2013)[2].

Os dois direcionadores complementares que levaram ao surgimento do conceito de gerenciamento de portfólio de projetos são:  a necessidade de tomar decisões de investimento racionais que resultam na entrega de benefícios organizacionais; a necessidade de otimizar o uso dos recursos para garantir que o fornecimento de tais benefícios ocorre de uma forma eficaz e eficiente.

A matriz de gestão de portfólio de projetos (PPM) inclui a identificação, priorização, autorização, gestão e controle dos projetos de componentes e programas e os riscos associados, recursos e prioridades.

[1] M. Prifling, IT project portfolio management—a matter of organizational culture? 14th Pacific Asia Conference on Information systems. Project Management Institute, Taipei, 2010, Vol. 14, pp. 761–772.

[2] M. Young, and K. Conboy, 2013. Contemporary project portfolio management: Reflections on the development of an Australian Competency Standard for Project Portfolio Management. International Journal of Project Management, Vol. 31, 2013, pp. 1089–1100.

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SINTOMAS DE UM AMBIENTE QUE REQUER GESTÃO DE PROJETOS:

A figura abaixo caracteriza bem, as diversas situações que podem estar ocorrendo nas empresas, direcionando-as para a implantação de uma matriz e gestão de projetos:

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Os sintomas falam por si mesmos, sem necessidade de ampliarmos a discussão, detalhando cada problema per si.

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Como resumido na figura acima, a matriz de gerenciamento de projetos estabelece uma estratégia de negócio que requer um conjunto de processos detalhados a ser conduzida em uma sequência contínua inter-relacionada. Como vimos, resumidamente, ela facilita a tomada de decisão, por meio da avaliação, seleção, priorização, balanceamento, execução do trabalho, trazendo benefícios e feedback de resultados quanto a melhoria dos processos. Ela presume que a organização tem um plano estratégico, juntamente com a missão e a visão habituais, juntamente com metas e objetivos estratégicos.

Ela também pressupõe que nenhuma organização tem recursos suficientes para satisfazer todas as suas necessidades de negócios. Isso é verdade no melhor dos tempos. Certamente é ainda mais verdadeiro quando os tempos são difíceis. Mesmo que a sua organização se encaixe num raro cenário (que tem todo o dinheiro que ele precisa); raramente terá a capacidade de pessoas para completar tudo o que precisa planejar e entregar.

A resposta típica ao gerenciamento de recursos escassos contra uma demanda ilimitada é implantar algum tipo de processo de priorização para que só sejam aprovados e financiados os projetos que irão agregar maior valor.

Encerramos esta edição, com algumas terminologias típicas da gestão de projetos:

Portfólio – uma coleção de projetos, possivelmente incluindo “outros trabalhos”.  

Outros trabalhos – trabalho que não é caracterizado como um projeto ou programa, mas que a gerência tenha determinado que irá incluir no processo de gestão de carteiras por causa de seus requisitos concorrentes com os mesmos recursos.

Business Case – um documento-chave no início da vida de um projeto ou programa que descreve as razões e as justificativas para a tomada de decisão, com base nos seus custos estimados, os riscos envolvidos e os https://www.viagrapascherfr.com/acheter-viagra-pharmacie-hors/ benefícios de negócios futuros e valor esperado. Ele fornece a base para a seleção e autorização de esforço adicional de definição, planejamento e estimativa de um projeto.

Proposta de Valor – um documento de uma página que descreve brevemente um projeto de potencial ou iniciativa e a sua justificativa em termos de benefícios. Uma forma muito simplificada do processo de negócios utilizada para rastrear desde cedo os potenciais de projetos maiores.

Benefício – um resultado da mudança que é percebida como benéfica por uma das partes interessadas.

Gestão da Realização de Benefícios (BRM) – o processo de organização e gestão, de modo que os benefícios potenciais decorrentes de investimentos em mudança são efetivamente alcançados.

Componente (de um portfólio / carteira) – qualquer “trabalho” que a organização determine que irá incluir na carteira. Esse “trabalho” pode ser representado pela documentação de uma proposta de valor; um business case; um resumo de um projeto; um relatório de  desempenho de Execução; uma ordem de serviço; relatório de não conformidade; ou documento similar que implique no comprometimento de recursos.

Categorização – o agrupamento de componentes potenciais em categorias para facilitar ainda mais a tomada de decisões.

Executivo – uma parte da organização ou seu todo, ou unidade de negócio responsável pela governança e gestão, isto é, planejamento estratégico, administração e gestão de toda a parte de sua organização.

Gerenciamento de Projetos – a gestão de projetos, incluindo entidades como um projeto ou a gestão de um escritório de projeto (PMO).

Operações – a parte de uma organização responsável pela execução dos produtos e serviços em andamento, bem como ​​pela consecução dos benefícios inerentes aos produtos e projetos.

Comitê Gestor – um grupo de clientes e demais partes interessadas no “nível executivo”, responsáveis ​​pela validação da estratégia de orientação do portfólio, bem como, da priorização e aprovação dos “trabalhos” e, em seguida, acompanhamento da carteira ao longo do ano.

(continua no próximo mês)

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