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Mai 2019 – O Futuro da Digitalização nos Serviços Hospitalares


Embora vivendo um cenário sombrio de lenta recuperação econômica, o investimento em projetos digitais mostra que veio para ficar e crescer.
As vendas através do comércio eletrônico crescem nos Estados Unidos, na maioria dos países europeus, e em toda a Ásia – no Brasil não é diferente; por isso, para se inserir nesse momento, não há mais espaço para tentativas de inclusão das empresas na era digital.
Muitas empresas ainda enfrentam dificuldades ao tentar utilizar a digitalização em novos negócios e modelos operacionais, seja porque são projetos desafiadores, envolvendo processos fundamentais e suas funções nas unidades de negócios, requerendo o desenvolvimento de novas habilidades e investimentos diferentes dos habituais.
Por não existir um modelo de sucesso que atenda a todos os negócios – as empresas digitais eficazes demonstram algum tipo de passo a passo que as tornou exemplo para outras.
Historicamente, os sistemas de saúde, (como ressaltamos em outros artigos) seguem o mesmo padrão de outros segmentos industriais vide a utilização dos sistemas de gestão como MRP, ERP para tarefas como, contabilidade, folha de pagamento, RH e comércio eletrônico; mais recentemente, a gestão da cadeia de suprimentos.
Os novos projetos do setor privado e público buscam agora a digitalização suas operações chave, bem como análises avançadas que permitam tomadas de decisão mais eficazes e eficientes.
Esses novos projetos não são limitados a ajudar as organizações a realizar uma tarefa melhor ou mais eficientemente, a tecnologia digital tem o potencial de afetar todos os aspectos da vida empresarial e privada, direcionando recursos para tarefas que agregam valor.
Nosso artigo desse mês continuará focado em: O Futuro da Digitalização nos Serviços Hospitalares.

1. Introdução:
As Organizações (privadas) do setor de saúde executaram projetos bem-sucedidos – e se beneficiaram da adoção de sistemas de gestão baseados em TI para gerenciar os processos internos e demais partes interessadas, regulamentações; bem como focado na privacidade requerida para lidar com um sistema de TI de saúde totalmente integrado.
Nesse primeiro momento (primeira e segunda etapas de adoção de TI – mais focada nos processos do que nas necessidades dos pacientes), alguns países puderam criar infraestrutura capaz de apoiar as necessidades seguintes dos projetos de serviços digitais.
Agora, não mais limitada na realização de tarefas mais eficientes, surge a tecnologia digital com o potencial de afetar o dia a dia dos empreendedores e gestores; permitindo através de análises avançadas, tomadas de decisão mais inteligentes e permitindo que as pessoas passem mais tempo em tarefas que agregam valor.
A pergunta para nós no Brasil é: Como será essa adoção de TI nos serviços de saúde? Por onde começar?
De acordo com pesquisa Accenture (2019), os consumidores de serviços de saúde estão mudando as suas expectativas de conveniência, acessibilidade e qualidade, redefinindo assim, a forma como preferem que cada etapa do atendimento ocorra.
Os consumidores mais jovens não estão satisfeitos com o a oferta atual dos serviços de saúde e os consumidores das demais gerações estão mais dispostos a experimentar serviços não tradicionais (tipos emergentes de serviços / atendimentos – clínicas de atendimento rápido, hospitais de cirurgia ambulatorial; saúde virtual (telefone, vídeo ou aplicativos) serviços sob demanda ou terapêutica digital). Já os serviços tradicionais referem-se às ofertas de hoje, onde médicos e outros profissionais, em hospitais, clínicas, centros médicos e consultórios médicos oferecem seus serviços.
Profissionais e entidades prestadoras de serviço com turnos flexíveis de atendimento que atendem os requisitos atuais que os pacientes estão procurando serão premiados com lealdade, sobreviverão à ruptura causada pelo novo modelo digital e estarão fortemente posicionados à medida que o futuro do consumo de saúde evoluir.

2. Pressão por mudanças
A exemplo do que ocorreu em todas as revoluções industriais, novos perfis de consumidores e atores surgem, pressionando o “status quo”. Os mais jovens (geração Z e millenium), segundo pesquisa Accenture; em comparação com as gerações anteriores, valorizam o acompanhamento de médico:

fig1
Fonte: Pesquisa Accenture (2019)

fig2
Fonte: Pesquisa Accenture

Com a geração Millenium sendo em 2019, a maioria dos entrevistados será aquela que terá o maior poder para influenciar os modelos futuros de cuidado com a saúde.
O potencial dessa influência aumenta, quando os gráficos mostram que essa geração não está satisfeita com muitos aspectos dos cuidados com a saúde atualmente:

fig3
Fonte: Pesquisa Accenture 2019

Observamos que a Geração Z e a Millenium, estão muito insatisfeitos com a qualidade dos cuidados com a saúde praticados atualmente; portanto, à medida que essas gerações envelheçam, as pressões por melhor cuidado com a saúde aumentarão na busca de eficácia, eficiência, conveniência e transparência.
2.1. A pressão por conveniência:

fig4
Fonte: Pesquisa Accenture 2019.

Por certo que a aceitação do plano de saúde é a conveniência mais importante para os pesquisados, seguida do custo da consulta e da localização do consultório.
Continua no próximo mês.

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3. Bibliografia:
DELL Technologies, Realizing 2030: A Divided Vision of the Future, pesquisa quantitativa conduzida por Vanson Bourne in Junho, Julho e Agosto de 2017. Disponível em:
https://www.delltechnologies.com/content/dam/delltechnologies/assets/perspectives/2030/pdf/Realizing-2030-A-Divided-Vision-of-the-Future-Research.pdf