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Jul 2018 – Supply Chain 5.0 – a opinião de alguns visionários


Ainda estamos nos habituando às mudanças e inovações tecnológicas trazidas pela Cadeia de Suprimentos 4.0, onde a maioria dos processos foi invadida pelo rótulo de “inteligente” através da integração da Internet das Coisas, Inteligência artificial, sistemas ciber-físicos e computação cognitiva, entre outros.
Essa reconhecida quarta revolução industrial, encadeia máquinas, dispositivos inteligentes e sistemas, pressionando os fabricantes a criar redes inteligentes em toda a cadeia de valor (de materiais à produção) que podem se controlar mutuamente.

Contudo, à medida que os avanços tecnológicos continuam acontecendo a uma velocidade inimaginável – alguns visionários da tecnologia (Jenis Sheth, no seu Linkedin; Cabe Atwell em 12/set/2017 no site Machine Design, artigo sobre Automação Industrial) afirmam que a Indústria 5.0 já pode ser vista no horizonte, o que, de acordo com eles, trará um aumento da participação do operador de máquinas de volta à produção.
Ou seja, enquanto na Cadeia de Suprimentos 4.0 os envolvidos buscam automatizar e tornar as “coisas” inteligentes para melhor desempenho e eficiência; na Cadeia de Suprimentos 5.0, vaticinam os visionários, os envolvidos buscarão o aumento da colaboração entre humanos e os sistemas inteligentes. O objetivo será a fusão da precisão de alta velocidade conseguida com a automação das “coisas” com as habilidades do conhecimento humano.
Este é o tema do nosso boletim deste mês onde iremos avaliar essa visão futurística.

1. Introdução:
Jenis Sheth, em seu linkedin afirma- “A indústria 4.0 inicia a evolução para a indústria 5.0, à medida que a Organização começa a permitir que os clientes personalizem o que desejam”.
Atualmente a revolução 4.0 estimula projetos que transformem as fábricas em instalações inteligentes com a utilização da internet das coisas e computação cognitiva através de servidores na nuvem.
A revolução 5.0, predizem os visionários, ocorrerá para que o homem e a máquina se reconciliem e encontrem maneiras de trabalhar juntos para melhorar os meios e a eficiência da produção.
O que pode parecer incrível, segundo esses visionários, é que a quinta revolução já pode estar acontecendo entre as empresas que estão agora adotando os princípios da Indústria 4.0. Mesmo quando as manufaturas estejam iniciando o uso das tecnologias avançadas, eles não estão despedindo imediatamente uma grande massa de colaboradores de sua força de trabalho e se tornando totalmente automatizados.
Enquanto as três primeiras revoluções industriais levaram décadas para se desenrolar, as revoluções de hoje duram apenas o tempo necessário para que a implantação dos projetos em cada segmento seja concluída. Vale ressaltar que os visionários afirmam que a Cadeia de Suprimentos 5.0 é uma atualização da 4.0 e não uma revolução completa, onde tudo é novo.

No geral, o desenvolvimento da Indústria 5.0 poderia provar ser a plena realização do que os arquitetos da Indústria 4.0 só sonhavam no início da década de 2010. À medida que a inteligência artificial melhora e os robôs de fábrica assumem mais capacidades semelhantes às humanas, a interação entre computadores, robôs e trabalhadores humanos acabará se tornando mais significativa e mutuamente esclarecedora.
Como visto, ainda estamos implantando projetos da cadeia de suprimentos 4.0, onde o princípio básico é que, encadeando máquinas, dispositivos inteligentes e sistemas, as manufaturas podem criando redes inteligentes em toda a cadeia de valor (de materiais à produção) que podem se controlar mutuamente.
De acordo com o diretor de tecnologia da Universal Robots, Esben H. Ostergaard, essa visão de cadeia de suprimentos 5.0 é necessária para fazer face à alta demanda de individualização exigida pelos consumidores nos produtos que eles se interessam e compram, o que significa que a fidelização só se consegue com personalização e customização dos produtos.

Para apoiar sua declaração, Esben cita um artigo da Bloomberg detalhando a decisão do fabricante de automóveis Mercedes de dar mais espaço para os humanos nas suas manufaturas, observando que a personalização é um fator importante para os consumidores modernos. Especialmente nesse caso, não há um só modelo que não seja personalizado, por se tratar de um Mercedes!

Um outro exemplo é a Paradigm Electronics, de Toronto, que fabrica alto-falantes high-end; a empresa usa o braço robótico UR10 da Universal Robots para polir as cabines do alto-falante com alto brilho, mas leva um tempo considerável para isso. Ao adicionar utilizar um humano junto com o braço robótico, aumentou sua eficiência de produção em 50%. Cada vez mais fabricantes estão aumentando o componente humano, não apenas pela personalização, mas também pelo aumento da eficiência na linha de produção.
Isso não quer dizer que os robôs acabarão sendo eliminados do ciclo de produção. Pelo contrário: o novo modelo 5.0 irá melhorar tanto a máquina quanto os papéis dos humanos envolvidos na manufatura, deixando as tarefas monótonas e repetitivas para o mecânico e abrindo o lado criativo para o biológico.

Isso permitirá que a equipe assuma mais responsabilidade e aumente a supervisão dos sistemas para elevar a qualidade da produção em todos os setores. A ideia de colaboração entre humanos e robôs na linha de montagem não é uma visão do futuro distante. Na verdade, a consultoria Accenture divulgou recentemente uma perspectiva de uma pesquisa realizada com 512 executivos de todo o mundo, revelando que 85% deles prevêem uma linha de produção colaborativa entre humanos e robôs em suas fábricas até 2020. É bem impressionante perspectiva, considerando que a data -alvo, está bem próxima!

Essa projeção pode ser alarmante para algumas empresas que apenas começaram a adotar ou que ainda estão pensando em adotar a cadeia de suprimentos 4.0, mas pelo que vimos, não é necessário se alarmar ou preocupar.
A colaboração homem / robô já está ocorrendo na linha de produção, como mencionado anteriormente; é uma evolução natural que ocorrerá dentro da manufatura inteligente, e os produtores de robótica já desenvolveram robôs colaborativos que são seguros para uso em torno de trabalhadores humanos para evitar acidentes no local de trabalho.

Embora a Indústria 4.0 ainda seja a revolução mais importante na mente da maioria dos fabricantes, para os visionários, é importante ficar de olho no futuro. A tecnologia está constantemente avançando, e a produção deve evoluir para permanecer competitiva.

Com o aumento da demanda por produtos personalizados de qualidade feitos sob medida, os fabricantes certamente se beneficiarão do que a indústria 5.0 tem a oferecer, e talvez, o medo inerente que a maioria dos colaboradores das manufaturas tem de ser substituída pela automação, seja substituído pela certeza de que novas habilidades são necessárias, mas o local de trabalho colaborativo será benéfico para todos a longo prazo. Tudo o que precisamos fazer é manter a mente aberta.

É preciso entender que a partir da versão 4.0, será preciso um controle de versão! Sem uma maneira melhor de descrever a inovação na indústria, estamos condenados a experimentar mais “modernização” na indústria, já que ela é um foco permanente de melhoria contínua (PDCA).
Então, deixe-me cunhar o termo “Indústria 6.0”, onde nunca fazemos interface com qualquer máquina, pessoa ou mesa de desenho / configuração. Em vez disso, tudo é feito em um aplicativo. Tiramos uma foto de um esboço e clicamos em “fazer”.

Se você gostou, envie comentários e sugestões!

Baseado em Cabe F. S. Atwell (2017). Engineer, Machinist, Maker, Writer. A graduate Electrical Engineer actively plying his expertise in the industry and at his company, Gunhead. When not designing/building, he creates a steady torrent of projects and content in the media world. Many of his projects and articles are online at element14 & SolidSmack, industry-focused work at EETimes & EDN, and offbeat articles at Make Magazine. Currently, you can find him hosting webinars and contributing to Penton’s Electronic Design and Machine Design.