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Gestão Correta da Demanda


Rentabilidade de Longo Prazo

Autor: Otacílio Moreira  da OMC Consultoria em Sistemas   

O Mercado dos negócios globalizado impulsiona as empresas em busca de soluções inovadoras tanto para o gerenciamento do faturamento como na gestão dos custos; porque, para cada dólar economizado na base da pirâmide corresponde a sete no topo.

Curiosamente, o que ocorre, na maioria das empresas é que nem varejistas ou fabricantes conseguem rentabilidade total porque a alta gerencia se preocupa em aumentar as vendas sem se preocupar com a redução dos custos operacionais.

O grupo Aberdeen Research,costuma classificar as empresas em Inovadoras,seguidoras e tradicionais, segundo o volume dos investimentos em inovação.  As empresas de “melhores práticas” lideram com idéias nem sempre muito sofisticadas, mas, usando estratégias que equilibram os esforços em aumentar a rentabilidade centrada em reduções de custo de longo prazo.

A redução pura e simples de postos de trabalho é uma mostra concreta de iniciativas táticas sem nenhuma estratégia que as suportem, não sendo uma alternativa boa nem para a empresa, nem para a economia do País de forma geral. Antes de uma tomada de decisão como a mencionada, alguns aspectos estratégicos devem ser endereçados:

  1. Os cortes afetarão setores importantes da empresa?
  2. Afetarão a eficiência e o nível de serviço aos clientes?
  3. Qual o custo de treinamento de novos funcionários quando houver uma retomada ou aquecimento?
  4. Em quais áreas podemos implantar reduções de custo?   

Os fornecedores de Sistemas de Gestão da Cadeia de Suprimentos oferecem soluções que cortam custos, mas, nem sempre conduzem  à redução de custos e raramente reduz a complexidade da operação.

As Corporações, ao cortar custos de forma indiscriminada, demonstram que  não possuem uma visão estratégica de suas metas globais. Qualquer proposta não planejada de cortar custos através da redução de quadro (downsizing) não produz resultados de economias de longo prazo, como prejudica as operações no curto prazo.

Sempre há uma melhor maneira!   

Os VP´s ou Diretores Financeiros devem adicionar às suas estratégias, a busca de rentabilidade em volume muito maior através de práticas otimizadas de Gestão da Demanda e da Distribuição. Não importa o produto, a Organização que: Oferecer o produto certo, no lugar certo, no tempo certo, nas condições certas, pelo custo certo” (Stock & Lambert – 1994), de forma eficiente, acurada e aderente às necessidades do cliente é a que apresenta maior vantagem competitiva.

Não é necessário ir além da Gestão da Demanda e da Distribuição. Uma operação estratégica com a perfeita combinação entre mão de obra, tecnologia e equipamentos adequados, supera as expectativas do mercado.

A gestão da demanda caracteriza-se pela busca constante de meios para reduzir a variabilidade da demanda através de uma previsão e  planejamento coerente que promova a redução de custos e melhore a flexibilidade operacional. Através da rápida resposta aos eventos internos e externos e introduzindo políticas que promovem o alisamento dos padrões de demanda, são eliminadas as práticas de gestão que aumentam a variabilidade.  

O foco no cliente, o comprometimento com a previsão de vendas, o gerenciamento dos fornecedores em conjunto com metodologia adequada de compras e o suporte eficiente da Logística, envolvem milhões de dólares. Estes componentes do sistema de distribuição, adequadamente gerenciados através de processo de melhoria contínua, permitem uma visão diferenciada com ganhos reais e sem sofrimentos desnecessários.

Na busca da melhor solução, em primeiro lugar, as Organizações devem repensar a estratégia adotada na Cadeia de Suprimentos buscando direcionar corretamente os rumos futuros da empresa e o amadurecimento que permita que seus colaboradores sejam capazes de: analisar, planejar, desenhar o modelo inovador, implementá-lo e acompanhá-lo com uma base de fornecedores menor, menos complexidade, melhores preços no mercado, máxima mitigação de riscos e objetividade logística.

Evite soluções imediatistas ou de muito curto prazo, pois elas sinalizam no médio e longo prazo, gastos maiores em projetos táticos cujo retorno é incerto e, em geral resultam em aumento de custos e aumento da complexidade. Elas são tomadas no calor das discussões, alimentadas por pressões de todos os lados e, na maioria das vezes; são destituídas de foco em uma estratégia, não agregando valor às necessidades dos clientes que, são os responsáveis por manter vivas as empresas no mercado.

Em resumo, atualizar e melhorar as operações de seu negócio proativamente, garantindo um plano de redução de custos auto-sustentável, de longo prazo e que lhe assegure uma posição segura no mercado, bem como a fidelização de seus clientes.

Otacílio Moreira