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Muito se fala na ameaça que a inteligência artificial (IA) representaria para o futuro do trabalho, com mais pessoas perdendo seus empregos para as máquinas. Empreendedores como Mark Zuckerberg e Richard Branson já comentaram, recentemente, como será necessário dar uma ajuda econômica para os profissionais com dificuldades em se recolocar, na medida em que a automatização e a robotização avançarem.
Seria uma questão, então, de entender como as inovações que vêm surgindo podem ajudar a melhorar nosso dia a dia profissional. E há pelo menos cinco formas de empresas, profissionais e até recrutadores serem beneficiados pela inteligência artificial, segundo reportagem da Fast Company:
Recrutamento e procura por trabalho
Se um dos principais potenciais da IA for o de encontrar a informação correta, ou mais apropriada, entre milhares ou milhões de dados, significa também que será possível identificar o melhor candidato entre todos os que desejarem determinada vaga. E, se você tiver o perfil ideal para alguma oportunidade, pode ser mais fácil ser notado mesmo sem aquela indicação profissional que ajuda muita gente.
Alexander Rinke, CEO da Celonis, companhia que usa a inteligência artificial para ajudar em processos seletivos, diz que a tecnologia pode auxiliar as empresas a reduzir até 30% de custos no processo de recrutamento.
Esse, inclusive, é o modelo de negócios da startup brasileira Jobecam, que utiliza entrevistas por vídeo para unir candidatos e companhias. Entre os muitos que se interessam por cada oportunidade, a empresa usa algoritmos para selecionar aqueles com as qualidades procuradas na vaga, e entrega os nomes ideais já filtrados aos recrutadores.
Aumentando a produtividade
Cruzando inúmeros dados e aprendendo com as experiências passadas, também é possível identificar as formas mais produtivas de trabalhar. É o que garante John Furneaux, CEO da Hive Workspaces, empresa que administra espaços de coworking na Índia.
A companhia monitorou mais de 30 mil ações do cotidiano profissional e descobriu, por exemplo, que homens são mais produtivos na parte inicial do dia, enquanto as mulheres tendem a trabalhar de forma mais eficiente após o almoço. Também foi possível identificar que as mulheres atrasam menos as próprias tarefas enquanto conversam em janelas de chat. Já os trabalhadores do sexo masculino se distraem e demoram mais para entregar o que precisam.
Igualdade nos pagamentos
A inteligência artificial pode ainda ajudar a distribuir de forma mais justa os salários, evitando grandes gargalos entre a chefia e os níveis mais baixos da hierarquia. Identificando particularidades dos profissionais, como grau de estudo, cursos complementares e experiência, plataformas de compensação mensuram as gradações mais apropriadas entre os salários em cada nível gerencial.
“A inteligência artificial pode ajudar a resolver os gargalos entre os salários, como os que existem entre o CEO e o trabalhador da base do organograma. Para cada US$ 1 ganho por um funcionário, um presidente de empresa chega a receber US$ 5 mil em algumas empresas da Fortune 500”, afirma Tanya Jansen, cofundadora da beqom, uma dessas plataformas.
Encontros quase presenciais
Outra possibilidade intrigante para a IA é uni-la à realidade aumentada. Em videoconferências, por exemplo, combinar as duas tecnologias pode resultar em chamadas quase presenciais, e na captação de dados sobre linguagem corporal, discursos e outros aspectos humanos. Assim, conhecer candidatos para vagas e ter reuniões comerciais, por exemplo, torna-se bem mais produtivo, afirma Christa Manning, líder de pesquisas na Deloitte. “Imagine estar em uma videoconferência com um colega e ter impressões diretas de seu estilo de se comunicar e perceber a melhor forma de interagir com ele”.
Liderança mais confiável
A Indiggo existe há 15 anos como plataforma de gestão empresarial, e desde então acumula dados que, hoje, seu algoritmo de IA, chamado “indi”, guarda em seu cérebro eletrônico.
Com todo esse histórico de como funcionam as empresas que usam a plataforma, o indi é capaz de estimar quanto tempo é perdido na companhia com base no tamanho do time de gestores.
O algoritmo analisa os calendários de atividades, entre outros fatores, e depois dá sugestões de mudanças com base nas prioridades da companhia. A ideia é gerir o tempo da melhor forma possível e, dessa forma, aperfeiçoar as lideranças.
Fonte: https://epocanegocios.globo.com/