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Infraestrutura deve puxar contratações de executivos


Fonte: Webtranspo

Headhunters e empresas especializadas em gestão de pessoas estão otimistas sobre 2010. A expectativa é que muitas vagas de alto escalão e média e alta gerências – que por causa da crise financeira ficaram represadas em 2009 – voltem ao mercado corporativo este ano. E boas perspectivas dos setores de infraestrutura, petrolífero e construção civil devem engrossar a demanda por executivos.
"Com certeza, há um represamento de vagas", diz Lúcia Costa, sócia-diretora da Mariaca, consultoria em gestão de capital humano. Um sinal claro disso, aponta, foi o fato de a demanda por executivos ter crescido a ponto de, em dezembro, não ter havido pausa nas contratações. "Dezembro foi atípico. As empresas começaram a sentir falta de capacidade para exercer seu potencial real."
De acordo com as consultorias procuradas pelo Estado, o setor de infraestrutura será o mapa da mina das vagas corporativas a partir deste ano. Grandes obras, como o Rodoanel e o trem bala, além de projetos voltados à Copa do Mundo e à Olimpíada, foram apontados como fatores que devem mexer com o mercado. "Infraestrutura será o setor que vai alavancar a economia. Estão chegando empresas novas ao Brasil", afirma Marcelo Braga, sócio da consultoria Search, especializada em seleção de altos executivos, lembrando que 2010 é ano eleitoral, o que naturalmente acelera obras.
As oportunidades também devem surgir no setor petrolífero. "Está claro para todos o ganho que a gente vai ter com o pré-sal", afirma. "Há plataformas licitadas, empresas internacionais investindo, o País está se estruturando para isso, e eu vejo grande quantidade de empregos e recursos a partir deste ano."
Balanço – O mercado de trabalho corporativo começou o ano de 2009 com demissões, mas começou a virar a partir do segundo semestre, quando a economia no País já mostrava sinais mais fortes de reaquecimento. Na carteira da Mariaca, por exemplo, as contratações aumentaram 20% no segundo semestre, em relação ao primeiro. Somente as contratações da área comercial, que envolve vendas e marketing, cresceram 60%. As da área financeira, que inclui a administrativa, subiram 25%.

As consultorias DBM Brasil, especializada em gestão de pessoas, e Asap, especializada em recrutamento, também apuraram movimento mais alto nas contratações dessas áreas, com destaque para a área financeira, que mais demandou executivos: 27,7% em ambas. "A crise reforçou a necessidade administrativa/financeira das empresas", explica Claudio Garcia, presidente da DBM.