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Mai 2018 – O papel do Operador Logístico como colaborador na Cadeia de Suprimentos


Prezado Profissional de Supply Chain,
Este mês abordaremos os diversos papéis que os operadores logísticos podem assumir como colaboradores no êxito dasoperações e processos das Cadeias de Suprimentos.

INTRODUÇÃO:
Não existe uma definição universalmente aceita para os serviços logísticos, e o papel pode ser interpretado de maneiras muito diferentes por diferentes empresas, em diferentes regiões e diferentes segmentos de negócio.
A necessidade de atender cada vez mais os requisitos de prazo e volumes dos clientes, somados ao aumento do uso de tecnologia são fatores que estão mudando as operações de transporte e distribuição das empresas, bem como a forma como os serviços são entregues.
Esses fatores têm consequências para o desenvolvimento da política logística, uma vez que as formas tradicionais de fazer negócios na área de logística e, portanto, a forma como a indústria é regulada e promovida, podem não ser mais adequadas.
A Logística como parte integrante do modelo de gestão da Cadeia de Suprimentos, hoje a principal fonte de vantagem competitiva das organizações, pois impacta diretamente nos resultados financeiros bem como no nível de serviço ao cliente; demonstra que é imprescindível investir nos relacionamentos entre os agentes de seus processos.
Com este foco colaborativo na cadeia, em detrimento do foco individualista, as empresas investem no trabalho em conjunto com outros atores; julgando esses projetos como essenciais para melhoria de informações e materiais.
Nessa busca por fornecedores colaborativos, destacamos os Operadores Logísticos ou Prestador de Serviços Logísticos (PSL), cujas atribuições contratuais podem variar desde a execução de um frete, ao controle operacional da cadeia de suprimentos de uma empresa, controlando seus estoques, transportes de entrada de matéria prima e distribuição de produtos acabados.
Além disto, este agente está em contato direto com como transportadores e clientes de seu cliente, o lhe confere uma posição de destaque, pois o embarcador ou indústria cria uma grande dependência deste operador, uma vez que este é sua única fonte de informações sobre a operação.
Esse contato íntimo com a indústria permite a essas organizações desenvolverem / absorverem novas competências executadas por seus concorrentes (transportadores, despachantes aduaneiros, prestadores de serviços logísticos). Podemos adicionar ainda que, ao trabalhar no dia a dia dos clientes, eles se permitem estender suas ofertas com serviços adicionais, às vezes assumindo as funções de vendas e marketing de seus concorrentes.
1. Definições e resumo das atribuições:

1PL – (first party logistics). São assim chamados os fabricantes ou industriaas que não terceirizam suas atividades de transporte e logística, ou seja, esse processo e suas atividades são exercidas e executadas pelos seus próprios colaboradores interdepartamentais.
2PL – (second party logistics). São assim chamados as empresas provedoras de frete / transporte, quando subcontratadas pelo fabricante ou gerente de armazém como para a execução operacional de uma tarefa de transporte ou logística claramente definida. A organização e o acompanhamento continuam sendo de responsabilidade do contratante. O fornecedor da relação é muitas vezes apenas orientado pelo custo e para um curto prazo, com o agente logístico fazendo o que o cliente instrui e sendo pago de acordo.

3PL – (third party logistics). De acordo com o Dicionário da APICS (2016), uma equipe de compradores e fornecedores com um terceiro que fornece serviços de entrega de produtos. Esse terceiro também pode fornecer conhecimento adicional da cadeia de suprimentos.
Numa forma mais detalhada, podemos encontrar ainda quem afirme que são assim chamadas as empresas que terceirizam um pacote de atividades de transporte e logística. O provedor terceirizado de serviços logísticos organiza essas atividades e pode contratar terceiros para a execução específica (subcontratação).
Esse provedor de serviços geralmente tem contato não apenas com a fábrica, mas também com o fornecedor.
Como terceiro, ele organiza a logística entre esses dois atores sucessivos na cadeia de suprimentos.
O cliente muitas vezes entra em uma parceria de longo prazo com o provedor de logística em um ambiente cooperativo. O cliente mantém experiência suficiente para medir, avaliar e, se necessário, corrigir o desempenho logístico do prestador de serviços. e ver
4PL – (forth party logistics). De acordo com o Dicionário da APICS (2016) o operador logístico que se enquadra como 4PL, difere da classificação anterior 3PL, porque:
• Frequentemente é uma empresa formada por joint venture ou outro termo contratual de longo prazo, entre um cliente e um ou mais parceiros.
• Possui interface entre o cliente e múltiplos operadores logísticos prestadores de serviço.
• É o responsável pela gestão de vários processos da cadeia de suprimentos de seus clientes.
• Pode ser formado por um operador logístico– 3PL de grande porte formar uma organização 4PL com seus próprios recursos e estrutura.

5PL – (fifth party logistics) São assim os operadores que servem, ao invés de cadeias de suprimento, redes de suprimento. Ele garante o gerenciamento de redes de cadeias de suprimentos, onde o parceiro industrial contrata consultores (5PL) para o fornecimento de soluções e conceitos logísticos estratégicos e inovadores; este desenvolve e implementa, de preferência em estreita consulta com o cliente, as melhores práticas de cadeias de suprimento ou redes possíveis. O operador Logístico 5PL está frequentemente ligado ao comércio eletronico.
2. Lista de alguns serviços possíveis de serem executados pelos Operadores Logísticos (3 e 4 PL).
• Montagem: Existe uma ampla gama de atividades de montagem que podem ser realizadas no contexto de serviços logísticos, abrangendo tanto a montagem low-end (como montagem de kits) quanto a montagem de ponta (por exemplo, montagem do produto final com base nos requisitos da loja). Essas atividades podem ocorrer nas instalações do cliente ou nos armazéns de prestadores de serviços de logística.
• Serviços de Kitting
Também poderia ser incluído no papel de agente de carga, pois pode envolver serviços básicos de rotulagem e reembalagem.
• Serviços na cadeia de suprimentos: prestadores de serviços de logística cada vez mais oferecem serviços em processos da cadeia de suprimentos, diferentes de fretes. Isso pode incluir consultoria em logística e design da cadeia de suprimentos, gerenciamento da cadeia de suprimentos, operação da cadeia de suprimentos, operação como provedor de logística principal, responsabilidades de aquisição ou gerenciamento de estoques.
• Serviços de controle de qualidade: os prestadores de serviços de logística podem fornecer serviços de testes técnicos, localização e inspeção de qualidade, seja como serviços na fábrica ou no armazém.
• Serviços financeiros: alguns provedores podem optar por fornecer serviços de gestão de garantias e atuar como corretores de seguros para seus clientes mediante solicitação.
• Serviços de atendimento ao cliente: Os prestadores de serviços de logística podem assumir a responsabilidade de atividades de atendimento ao cliente de back-end como devoluções e reparos, operar o call center (particularmente relacionado à garantia e suporte técnico) e fornecer serviços de logística reversa.
Da lista de serviços apresentados, fica claro que os serviços de logística estão evoluindo em vários aspectos; por um lado, os serviços tradicionais são aprimorados com ofertas mais complexas e permite às empresas, passar da provisão de transporte para a integração de várias operadoras, empregando subcontratados para cobrir uma parte de suas operações para uma determinada ordem.
Com tamanho adequado, a empresa pode aumentar sua oferta atuando como o principal operador logístico, assumindo o controle sobre todos os outros fornecedores da cadeia de transporte; a partir disso, pode-se considerar sua atuação em serviços relacionados ao gerenciamento da cadeia de suprimentos.
Por outro lado, a gama de serviços oferecidos está se tornando mais ampla. Uma atividade complementar ao exemplo dado pode ser a consolidação de mercadorias no depósito da empresa, com serviços adicionais de montagem ou processamento. Portanto, na maioria dos casos, ambas as dimensões são relevantes, pois os novos serviços podem ser oferecidos em vários níveis de complexidade.
Como vemos, as ofertas de serviços possíveis são muito diversas; enquanto os serviços prestados por uma empresa individual são continuações lógicas de seus negócios principais e pontos fortes específicos, os serviços gerais estão espalhados por um amplo plano de possíveis funções. Por outro lado, serviços não relacionados a transporte tem aumentado em importância; uma proporção crescente de atividades por prestadores de serviços de logística são serviços que não se enquadram estritamente na categoria de transporte.

Os dois fatores acima significam que se tornou mais difícil categorizar e definir provedores de serviços de logística. Para autoridades e associações, isso pode dificultar o rastreamento do desenvolvimento do setor, já que a coleta de informações pode ser mais complicada.
Por exemplo, pode não estar claro exatamente quantos prestadores de serviços de logística estão atualmente operando em geral, e qual é o nível de sua participação e interação com os programas e entidades do governo. A ampla gama de serviços possíveis expõe o setor de logística a regulamentações e políticas espalhadas por muitas agências e legislações, com coordenação limitada. Pode também limitar o potencial dos provedores de serviços de logística para identificar objetivos e necessidades comuns.
Conclusão:
A mudança na natureza das ofertas de serviços também apresenta novos requisitos em termos de habilidades dos operadores, bem como uma visão mais abrangente da cadeia de suprimentos; por esse motivo, as empresas podem procurar contratar colaboradores orientados para processo, em vez de orientados para a área de transporte.
Isso inclui habilidades como gerenciamento de projetos, análise de negócios, habilidades de marketing, conhecimento jurídico e gerenciamento de riscos. Estas são habilidades que são valiosas em uma variedade de indústrias, e os operadores logísticos podem precisar melhorar a imagem do segmento para contratar candidatos mais qualificados.

Além disso, os serviços são altamente personalizados. Os serviços prestados são adaptados para se adequar ao cliente individual, tanto em termos do pacote de serviços como da maneira em que serviços específicos são fornecidos que pode ter outras implicações, como; em primeiro lugar, poder atuar como influenciador a medida que os padrões possam ser estabelecidos na indústria. Em segundo lugar, aumentar a capacidade de responder aos requisitos do cliente como elemento crucial para a competitividade, dificultando a competitividade das empresas apenas em termos de preço. Em terceiro lugar, como os serviços oferecidos podem ser entregues customizados e únicos, é crucial que o cliente acredite que o operador é capaz de expandir os serviços para um novo campo e, portanto, a relação entre o cliente e o operador se torna importante. Juntos, esses fatores podem influenciar o processo de negociação do contrato, em comparação com uma situação em que as operadoras oferecem um serviço padronizado e competem pelo preço.

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