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Jul 2019 – Repensando e estratégia de rede para assegurar vida longa à empresa


O correto equilíbrio entre custo e nível de serviço é fundamental para as cadeias de Suprimentos das empresas que buscam através do Omni-Channel de hoje ser mais competitivas perante seus concorrentes no varejo.
Por isso se o foco da empresa é, não comprometer o nível de serviço ao cliente ou investir recursos mais que o necessário, avalie periodicamente sua estratégia de rede; pois se por um lado oferecer um nível de serviço ao cliente razoável – OTIF de 90% – não é mais possível para as exigências dos clientes que requerem atualmente, entregas em 12 ou 24 horas com transporte rápido e flexível e múltiplos canais de opções de compras.
Por outro lado, esses múltiplos canais agregam à cadeia de suprimentos complexidade e bolsões de ineficiência, resultando em desperdícios diários, dependendo do tamanho da empresa e o mercado atendido. Logo, é fácil verificar a importância da revisão do desenho da rede de atendimento aos clientes, o resultado esperado inclui – uma vantagem competitiva, redução de custos, melhoria dos níveis de serviço aos clientes, redução dos tempos de ciclo dos produtos, melhor relacionamento com fornecedores e agilidade nos processos entre outros. Com amplos benefícios, uma nova estratégia de rede é algo que todas as empresas devem considerar, este é nosso tema do mês de Julho: repensando e estratégia de rede para assegurar vida longa à empresa.

1. Introdução:
A acirrada concorrência global, a explosão das soluções inovadoras de tecnologia da comunicação e informação (TIC); bem como, as necessidades de os ambientes de negócios atenderem às mudanças requeridas pelos clientes, impulsionam as empresas a desenvolverem suas cadeias de suprimentos na busca de um resultado de maior valor agregado e qualidade para os clientes, maior agilidade, flexibilidade e desempenho efetivo..
Por isso, só a empresa que avalia as exigências do mercado e o posicionamento dos concorrentes, será capaz de definir a sua estratégia competitiva, como diferenciação entre o custo a liderança, e o foco. Essa estratégia deve ser internalizada em termos de metas de desempenho para as suas operações.
Organizações do segmento industrial devem focar suas prioridades em custo, qualidade, tempo e flexibilidade a fim de satisfazer o nível de serviço requerido pelos clientes e superar seus concorrentes.
Outra visão importante é a obtenção de vantagem competitiva através de acordos com parceiros, adicionando recursos tangíveis (ativos, instalações, equipamentos, tecnologias, entre outros) e intangíveis (mão de obra e capacidades adicionais) que permitem explorar sinergias e ampliar as estratégias empregadas.
No dia a dia, as estratégias de distribuição de varejo lidam com quantos e quais tipos de fornecedores e canais devem ser utilizados para fazer seus produtos chegarem aos consumidores; elas podem ser resumidas em:
 Distribuição intensiva disponibilizando no mercado um grande volume de produtos, que são vendidos usando qualquer canal de vendas (omni-channel) disponível. Essa estratégia é muito usada onde há uma ampla variedade de produtos ofertados a venda com um link direto para os pontos de venda usados. Os especialistas em negócios, indicam essa estratégia quando os clientes têm uma grande variedade de marcas para escolher o formato e estão dispostos a se contentar com outra marca se a marca preferida não estiver disponível. Ex: Cerveja, refrigerantes e cigarros.
Ao usar todos os canais disponíveis, os varejistas garantem que seus produtos estejam disponíveis para quase todos os clientes em potencial. As empresas que usam esse método podem desenvolver uma rede de distribuição mais ampla do que suas rivais, proporcionando uma vantagem natural de vendas.
Essa estratégia deve excluir produtos com preços elevados ou produtos em que parte de sua marca e apelo promove uma sensação de exclusividade.
 Distribuição seletiva é aquela em que ao invés de vender omni- chanel, as empresas reduzem sua rede de distribuição a um número limitado de pontos de venda em uma determinada área geográfica. Essa estratégia funciona bem quando os consumidores estão dispostos a comprar um determinado produto e não estão dispostos a substituir outro por seu produto preferido; nela, ainda notamos uma rede bastante ampla de pontos de venda para venda e distribuição, mas a estratégia não é tão dispersa quanto a distribuição intensiva ou tão restritiva quanto a distribuição exclusiva.
Os benefícios dessa abordagem são, permitir que as empresas selecionem os pontos de venda de melhor desempenho e treinem intensivamente seus funcionários para efetivamente comercializar o produto. Além disso, a distribuição seletiva incentiva as empresas a trabalharem de perto com os fornecedores que vendem seus produtos e a desenvolver um forte relacionamento com eles. Os custos associados à distribuição seletiva também são tipicamente menores que a distribuição intensiva.
 Distribuição exclusiva é uma forma altamente segmentada de distribuição, nessa estratégia, a distribuição é severamente restrita a apenas um atacadista, varejista ou distribuidor em uma área geográfica.
A distribuição exclusiva funciona bem para produtos que atendem a um público de alto nível que deseja pagar um prêmio por uma marca específica ou um produto de qualidade superior ao normal. Exemplos comuns de produtos que se beneficiam de uma estratégia de distribuição exclusiva incluem automóveis e grandes aparelhos.
Um dos principais benefícios dessa estratégia é que ela permite que as empresas mantenham maior controle sobre o preço de seus produtos e contratos de atendimento ao cliente. Para as empresas que controlam seus produtos, essa estratégia é essencial. A distribuição exclusiva também permite que as empresas ofereçam um alto nível de treinamento e suporte aos funcionários das lojas que vendem seus produtos.

1 Omni Channel – de acordo com o site rockcontent, a estratégia Omnichannel se baseia no uso simultâneo e interligado de diferentes canais de comunicação, com o objetivo de estreitar a relação entre online e offline, aprimorando, assim, a experiência do cliente. Dessa forma, o Omnichannel possibilita usar um aplicativo para encontrar um sapato, experimentá-lo na loja e recebê-lo no em casa.
OTIF – On time – In full: indicador de desempenho que tem como meta a pontualidade das entregas (no prazo e quantidade prometidos). Usualmente expresso em porcentagem. (APICS- 2016)

2. Avaliando a estratégia:
Portanto, periodicamente, uma nova estratégia de rede é algo que todas as empresas devem considerar, mas quando é realmente necessário reavaliar um plano existente? Apresentamos perguntas que as empresas devem responder para descobrir.
 A empresa vem usando suas lojas como estratégia de distribuição? Muitos varejistas estão agora utilizando lojas como centros de atendimento e suporte para distribuição de produtos. Isso dá aos varejistas uma vantagem competitiva e permite que os clientes economizem tempo (já que eles não precisam mais esperar pela remessa de um centro de distribuição que está mais distante) e dinheiro (já que eles podem pagar menos pelo transporte – moto boy, ou outros meios). No entanto, a distribuição através das lojas requer um ajuste na cadeia de suprimentos; pois, os varejistas precisam determinar quanto de estoque alocar em cada facilidade e usar tecnologia local para determinar qual o meio de transporte mais conveniente assim que as ordens forem colocadas pelos clientes. Como resultado, pode estar na hora de revisitar a estratégia de rede para melhorar o desempenho da cadeia de suprimentos.
 Ouve fusão com outra empresa ou adquiriu outra marca? Fusões e aquisições são um sinal de crescimento, que é um positivo, mas pode significar que é hora de reavaliar a sua estratégia de rede. Muitas vezes imediatamente após uma fusão ou aquisição, o negócio que foi adquirido e sua nova empresa mãe continuam a operar de forma independente. Para otimizar a Cadeia de Suprimentos e alavancar todas as instalações da nova empresa, uma nova estratégia de rede deve ser colocada em vigor, a fim de garantir que os níveis de serviço ideal estão atendidos e o tempo que leva para obter pedidos dos clientes foi reduzido.
 Já faz cinco anos ou mais desde que sua última estratégia de rede foi implantada? Se a empresa promoveu alguma das mudanças de negócios mencionadas acima ou não, uma reavaliação da estratégia de rede deve ter lugar, pelo menos, a cada cinco anos. Isso se justifica, porque durante esse período, com certeza, ocorreram alterações que exigirão uma nova estratégia. Mesmo que o negócio principal não tenha mudado, os padrões de compra dos clientes provavelmente mudaram.

CONCLUSÃO:
A melhor gestão dos canais de distribuição é um dos fatores que visam propiciar às organizações o sucesso dos produtos vendidos pela empresa no mercado, através de um nível de serviço compatível com os requisitos dos clientes; bem como, oferta de omni- channel com disponibilidade de estoque para o rápido atendimento com modal econômico ou possibilidade de retirada nas lojas.
Além disso, uma empresa não deve esquecer ao longo do tempo a atualização apropriada de suas estratégias de distribuição, bem como, dos produtos cuja gestão do ciclo de vida seja pertinente visando sempre; propiciar uma experiência inesquecível aos clientes e ser desejada por eles.
Por fim, não subestimar o potencial oferecido pelo crescimento de redes e comércio eletrônico, porque o canal eletrônico de distribuição já se consolidou como uma das formas mais populares de canal de distribuição, porque reduz as despesas associadas aos custos de distribuição e vendas, e se você olhar a partir da perspectiva do cliente encurta o tempo de uma compra de um produto específico.
Canais de distribuição eletrônicos também proporcionam à empresa um alto nível de informatização no campo do desenvolvimento, que hoje é de grande importância para a posição e credibilidade no mercado.

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